Selic mantida em 15%: o que isso muda no seu bolso (e como se preparar)


Você ouviu a notícia: o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano. Mas o que isso significa na prática? Vai afetar o preço dos alimentos? Vai encarecer o crédito?
 A resposta é: sim — e mais do que você imagina.
Neste artigo, você vai entender:
- O que é a Selic e por que ela importa; 
- Por que o Banco Central decidiu manter a taxa; 
- Quais os impactos disso no seu orçamento; 
- Como se proteger e tomar decisões melhores nesse cenário. 
O que é a taxa Selic e por que ela importa?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia todas as outras taxas de juros — do cartão de crédito ao financiamento imobiliário.
 Quando a Selic está alta:
- O crédito fica mais caro; 
- O consumo desacelera; 
- A inflação tende a cair com o tempo. 
Ou seja, ela é uma ferramenta usada para controlar a inflação e estabilizar a economia.
- Como se proteger e tomar decisões melhores nesse cenário. 
Por que o Banco Central manteve a Selic em 15%?
Segundo comunicado divulgado em 31/07/2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a Selic em 15% após sete aumentos consecutivos desde o início do ano.
Motivos principais:
- A inflação ainda está alta, impulsionada pelo dólar caro e pelas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros, o que afeta os preços internos. 
- A economia global está instável, e o Brasil precisa atrair capital estrangeiro, o que exige juros mais altos. 
- A expectativa é de inflação acima da meta até 2028, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). 
“O momento exige cautela. Um corte agora poderia comprometer o processo de desinflação ainda em curso.” — Boletim Focus, Banco Central, 29/07/2025




Impacto direto na sua vida financeira
1. Crédito mais caro
Financiamentos, empréstimos e até o rotativo do cartão continuam com juros altos.
Exemplo: um empréstimo pessoal que antes tinha 30% ao ano, hoje pode passar de 50%.
Dica: Evite dívidas longas e priorize quitar as mais caras.


2. Rendimento maior na renda fixa
Por outro lado, investimentos conservadores como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI se tornam mais vantajosos.
Exemplo: um Tesouro Selic pode render mais de 1% ao mês líquido — ideal para reserva de emergência.
Dica: Mantenha parte do seu dinheiro em aplicações com liquidez e segurança.
3. Consumo mais controlado
Com crédito mais caro e inflação ainda resistente, o custo de vida continua pressionado. Isso afeta:
- Alimentação; 
- Combustíveis; 
- Itens de consumo parcelado. 
Dica: Reveja gastos variáveis e priorize compras à vista com desconto.
O que você pode fazer agora
- Reforçar sua reserva de emergência para proteger contra instabilidade e inflação; 
- Reduzir dívidas altas pois juros altos corroem seu orçamento; 
- Investir em renda fixa para aproveitar os juros altos com segurança; 
- Adiar compras parceladas de longo prazo para menos risco em tempos de incerteza; 
- Acompanhar seu orçamento semanalmente melhorando o controle e evitando surpresas. 
Conclusão
Manter a Selic em 15% foi uma decisão de cautela o Banco Central busca controlar a inflação sem travar demais a economia.
Mas, para quem está do lado de cá, no orçamento do dia a dia, é o momento de ser estratégico. Evite dívidas, aproveite a renda fixa e mantenha o controle financeiro firme.
Disciplina hoje é liberdade amanhã. Mesmo em tempos de juros altos, é possível tomar boas decisões e manter o seu progresso.
